
NÃO DEIXAREIS VOCÊS ÓRFÃOS
09/02/2025
“Naquele mesmo dia, dois discípulos estavam indo para uma aldeia chamada Emaús, que ficava a uns dez quilômetros de Jerusalém. E iam conversando a respeito de tudo o que tinha acontecido.
Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles. Porém os olhos deles estavam como que impedidos de O reconhecer”. Lc 24:13-16
Os últimos acontecimentos haviam sido estarrecedores... toda esperança de uma nova vida havia sido “crucificada” e “sepultada”. Jerusalém não era mais um lugar seguro para se estar... as adversidades que assolavam aqueles dias, tornaram aquele lugar inseguro e assustador. Humanamente falando o melhor era fugir, ir em busca de algo melhor... de um novo começo. Vamos para Emaús.
Emaús representava um lugar de “fuga” ... de “refúgio” ... um lugar aonde talvez a tempestade não chegasse... lugar onde as dificuldades ficassem distantes... Emaús representava a busca por algo que havia se perdido... a busca pelo propósito... pela esperança... pela fé... enfim, a busca por segurança.
Ao fixarem o olhar nas circunstâncias aqueles dois homens tiveram seu foco desajustado... seus olhos foram obscurecidos pela preocupação e incerteza do que estava por vir. O medo trouxe consigo a dúvida e sem perceber, aqueles homens estavam sendo empurrados ao lugar da incredulidade.
Durante três anos caminharam com Cristo, foram instruídos e ensinados por Ele... várias vezes O ouviram dizer que o que aconteceu, precisava acontecer. Cristo precisava padecer nas mãos de seus algozes, ser condenado a morte e crucificado, para que ao terceiro dia fosse ressuscitado. Mas a mente deles estava totalmente obscurecida pelas nuvens escuras que encobriam o céu de Jerusalém.
Jesus estava bem ali, ao lado deles, mas não o reconheceram... estavam presos aos últimos acontecimentos de três dias atrás... Algo novo já havia surgido ao romper da manhã, daquele terceiro dia. O anjo já havia dito: Ele não está mais entre os mortos, mas VIVE! Ele RESSUSCITOU! Mesmo assim, aqueles homens só conseguiam enxergar a crucificação e o sepultamento. Eles estavam focados no que havia acontecido, sendo incapazes de perceber o que estava acontecendo naquele momento, enquanto caminhavam em direção a Emaús.
Quantas vezes, assim como aqueles homens, o medo nos empurra para a direção errada, nos conduzindo a uma rota de fuga. Quantas vezes em meio as nossas tempestades, Cristo está ali, caminhando ao nosso lado, mas não O percebemos, pois estamos focados apenas nas nuvens escuras que encobrem o nosso céu.
Não queremos estar onde há dor... não queremos enfrentar o desconforto do sofrimento. Queremos o céu azul de volta, porém queremos fugir das tempestades, nos esquecendo que, para termos o resultado que tanto almejamos, precisamos passar pelos processos que tanto rejeitamos.
Para ter de volta a Glória que sempre teve com o Pai... para ter o Nome que está acima de todo Nome, Cristo não fugiu, ao contrário Ele seguiu resoluto, firme, voluntariamente para Cruz. Não fuja para Emaús, mas permaneça em Jerusalém.
Não foque nas adversidades, elas passam. Foque no propósito... mantenha seus olhos fixos no Autor e Consumador da nossa fé, Cristo. Não se prenda ao que aconteceu, mas contemple o que está acontecendo hoje. Hoje o Senhor está fazendo algo novo... hoje o sol voltou a brilhar... hoje os céus declaram: Ele NÃO está mais entre os mortos, Ele VIVE! Jesus Cristo RESSUSCITOU!
Autora: Pra Renata Barbosa
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